Bilionário obcecado com a juventude acumula polêmicas e desconfianças

Bryan Johnson, um bilionário americano obcecado em reverter o envelhecimento, tem chamado atenção com seu projeto “Blueprint”, um regime rigoroso que inclui dieta vegana restritiva, exercícios diários e monitoramento constante de sinais vitais. Sua busca pela juventude o levou a investir pesado em tecnologias e terapias experimentais, mas nem tudo são flores nessa jornada.

Sua história virou documentário: Don’t Die, que também retrata o movimento homônimo, classificado por internautas como uma “seita da longevidade”. Johnson afirma ter reduzido sua idade biológica em 5,1 anos, mas medições entre 2022 e 2024 mostram o contrário: ele teria envelhecido 10 anos no período.

Desconfiança médica e efeitos colaterais

Um dos médicos do projeto, Oliver Zolman, abandonou a equipe por preocupações com os suplementos vendidos. Documentos internos mostram que 60% dos clientes relataram efeitos adversos, como pré-diabetes. Especialistas alertam: o exagero em suplementos pode fazer mal e dietas tão extremas dificilmente se sustentam.

A busca incessante pela longevidade, embora compreensível, pode ter um lado sombrio quando levada ao extremo. A obsessão de Johnson, retratada no documentário, levanta questões éticas sobre os limites da ciência e o impacto de tais práticas na saúde a longo prazo.

Outras polêmicas

Com fortuna estimada em US$ 400 milhões, Johnson também comanda a Kernel, fabricante de capacetes de leitura cerebral de US$ 50 mil. Antes, fundou a Braintree, plataforma de pagamentos vendida ao PayPal por US$ 800 milhões.

Ele também enfrentou disputas judiciais com a ex-mulher, a cineasta Taryn Southern, e com ex-funcionários. Venceu a ex em um processo e recebeu US$ 584 mil por quebra de confidencialidade. Já os funcionários alegam que os acordos da empresa violam direitos trabalhistas.